Nas prefeituras da região a ordem de economizar já foi repassada pelos chefes do Executivo, que estão atentos às decisões tomadas em Brasília que podem afetar diretamente os caixas das prefeituras, principalmente na área da saúde, maior preocupação
MINAS GERAIS – Fechar as portas por uma semana, diminuir o horário de funcionamento e até mesmo efetuar cortes de servidores públicos está se tornando uma rotina preocupante nas Prefeituras brasileiras, assim como vem acontecendo na indústria e comércio.
Os números são crescentes e preocupantes para a Associação Mineira de Municípios (AMM) que mostram que a situação financeira também é difícil em todo o Estado, onde quase 600 das 853 cidades passam por situação semelhante e têm de cortar gastos.
Um exemplo da situação é representado pela atitude do prefeito de Estrela do Indaiá, onde segundo a AMM, a crise financeira vivida no Brasil já mostra reflexos diretos nas administrações municipais. Para conter gastos, a prefeitura de Estrela do Indaiá, no Centro-Oeste, foi a primeira a decretar recesso administrativo, no período de 27 a 31 de julho. A paralisação faz parte de um conjunto de medidas anunciadas pelo prefeito Tibúrcio Délbis para reduzir despesas como água, energia elétrica, telefone, combustível, dentre outros itens.
De acordo com a prefeitura, a paralisação não afetará os postos de saúde e hospitais. Os serviços serão oferecidos para a comunidade normalmente. Também está previsto para o período a suspensão de compras no âmbito do Poder Executivo, redução do uso da patrulha mecanizada, racionalização de viagens, dentre outras medidas.
Ainda de acordo com a AMM, assim como a prefeitura de Estrela do Indaiá, outras administrações municipais também decidiram paralisar seus serviços.
Para mostrar a insatisfação nessa situação, a AMM estará coordenando uma “Paralização Geral” no dia 24 de agosto, quando as Prefeituras fecharão suas portas em protesto, dentre outras ações que serão desencadeadas pelas Associações Microrregionais.
Na pauta de reivindicações por parte dos municípios está o descumprimento do repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) por parte do governo federal, o Fundo de Erradicação da Pobreza, Transporte Escolar e a Lei Robin Hood.